Veja como a ressonância magnética auxilia na identificação do tumor cerebral
Antes do diagnóstico, as pessoas com tumor cerebral notam uma série de sintomas que acendem o alerta a elas. Esse tumor, que impacta a qualidade de vida, é causado pelo crescimento anormal de células no cérebro, podendo ser benigno ou maligno.
Esse é considerado o câncer mais comum do sistema nervoso central, categoria que deve somar mais de 11 mil casos no país em 2023, segundo estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA).
De potencial gravidade, o tumor cerebral é capaz de afetar diversas funções motoras do corpo humano. Devido ao risco que ele proporciona, o diagnóstico precoce tem o poder de aumentar as taxas de sobrevida.
Tendo isso em vista, hoje vamos explorar os diversos aspectos relacionados ao tumor cerebral: quais exames são capazes de detectá-lo, os principais sintomas, como ocorre o diagnóstico e os tipos de tratamento disponíveis. Então, para saber mais sobre o assunto, continue a leitura.
Como detectar tumores cerebrais
Muitas vezes, o câncer no cérebro se comporta como uma doença silenciosa. Ou seja, a pessoa só descobre a existência do tumor quando passa a apresentar sintomas de dor de cabeça insistente e dificuldade ao realizar movimentos básicos, por exemplo.
Segundo o Ministério da Saúde, os tipos mais agressivos de tumor cerebral apresentam alto índice de mortalidade em adultos. Por isso, é essencial conhecer os tipos de exames médicos que têm a capacidade de detectar um tumor na região, especialmente em fase inicial.
A seguir, listamos os principais procedimentos para essa finalidade e explicamos cada um, a fim de que você preserve a sua qualidade de vida e busque os meios mais adequados para o diagnóstico. Acompanhe.
Ressonância magnética
A ressonância é um exame de imagem que utiliza ondas eletromagnéticas. Assim, é um dos métodos mais usados para investigar tumores no cérebro e na medula espinhal, com precisão e detalhamento.
O exame também é eficaz na identificação de metástases (espalhamento). Pode ser realizada com ou sem contraste.
Tomografia computadorizada
A tomografia computadorizada usa raios X para visualizar partes do corpo, sendo menos precisa do que a ressonância. Porém, é útil em casos de tumores cerebrais em pacientes com sobrepeso ou claustrofobia, além de apresentar alto poder de avaliação de estruturas ósseas. Pode usar contraste.
Angiografia e angiorressonância
Embora diferentes, ambos os exames têm a missão de gerar imagens bem definidas dos vasos sanguíneos do cérebro. Desse modo, seja com a angiografia ou a angiorressonância, é possível colher informações importantes sobre o tumor antes da realização da cirurgia.
Tomografia por emissão de pósitrons
Também chamada de PET/CT ou PET Scan, a tomografia por emissão de pósitrons detecta mudanças bioquímicas antes de sinais de câncer. Considerada inovadora, a técnica permite investigar lesões tumorais no cérebro de forma precoce, unindo aspectos de medicina nuclear e radiografia.
Punção lombar
Ocasionalmente, os médicos realizam uma punção lombar a fim de extrair o líquido cefalorraquidiano. Acima de tudo, o objetivo do procedimento é buscar possíveis sinais de invasão tumoral nas membranas cerebrais, chamadas meninges.
Biópsia
Por sua vez, quando os resultados da ressonância magnética e de outros exames não esclarecem o tipo ou a natureza cancerígena do tumor, uma amostra é retirada para biópsia. Então, a análise microscópica visa à determinação da classificação e da gravidade da doença.
Radiografia de tórax
Após a confirmação do tumor cerebral, a radiografia de tórax pode ser solicitada pelo médico. Isso ocorre porque muitos tumores consistem em metástases, principalmente do pulmão. Desse modo, faz-se necessária a avaliação de outros órgãos para determinar a origem do câncer cerebral.
Sintomas do tumor cerebral
Tumores cerebrais, sejam cancerosos ou não, podem desencadear uma variedade de sintomas. Enquanto os benignos tendem a crescer lentamente, podendo atingir alto nível de desenvolvimento antes de manifestar sinais, os malignos costumam crescer de forma mais acelerada.
Ao mesmo tempo, a localização do tumor é determinante na manifestação dos sintomas, os quais podem surgir de repente ou progredir de maneira gradual. Por exemplo, caso o tumor surja na região do cérebro que controla os movimentos dos membros inferiores, o paciente pode apresentar dificuldade de locomoção.
Confira a lista dos sintomas mais comuns em tumores cerebrais:
- Sensação de pressão dentro da cabeça.
- Cefaleia.
- Visão prejudicada.
- Formigamentos.
- Fraqueza muscular.
- Alterações sensoriais.
- Modificação de personalidade.
- Enjoos.
- Vômitos.
- Convulsões.
O que pode ser confundido com tumor cerebral
Como vimos anteriormente, os sintomas de tumor cerebral incluem dores de cabeça, fraqueza, sensações anormais, convulsões e ausência de coordenação, além de alterações de personalidade. Esta última condição, por exemplo, é facilmente confundível com sinais de transtornos mentais, como depressão.
Em crianças, muitos sintomas de tumor cerebral são similares aos de doenças de certa forma corriqueiras, incluindo febre, dor de cabeça e vômitos. Por isso, um tumor cerebral pode até ser confundido com uma simples gripe, como este artigo da Revista Crescer mostra, fazendo com que os pais não desconfiem do quadro real por trás do mal-estar.
Como resultado disso, torna-se fundamental a procura por auxílio médico para a investigação de sintomas semelhantes aos de tumores cerebrais. Afinal, o diagnóstico precoce aumenta consideravelmente as chances de cura de um tumor maligno no cérebro, por exemplo.
Tipos de tumores cerebrais
Há duas categorias principais de tumor cerebral: primários e secundários. A primeira se origina no cérebro ou próximo a ele, podendo ser cancerosa. Entre eles, estão os gliomas, que representam 65% dos tumores cerebrais primários. Outras variações são meningiomas, meduloblastomas e neuromas acústicos.
Mais comuns, os tumores secundários são metástases de outras partes do corpo. Ou seja, ocorrem quando há o espalhamento de um tumor original. Consequentemente, são malignos. Por exemplo, podem chegar ao cérebro os cânceres de mama, pulmão, rins e tireoide, entre outros.
Diagnóstico
Normalmente, o diagnóstico dos tumores cerebrais e do sistema nervoso central é baseado nos sintomas apresentados pelo indivíduo. A princípio, é examinado o histórico médico e familiar do paciente. Também é efetuada uma avaliação neurológica, verificando reflexos, força muscular e coordenação.
O médico, ao suspeitar de câncer, pode encaminhar o paciente a um neurologista ou neurocirurgião. Nesse caso, exames adicionais costumam ser aplicados, como ressonância magnética e tomografia. A partir daí, é traçado o plano do melhor tratamento para cada caso.
Tratamento
No tratamento de tumores cerebrais não cancerosos, a cirurgia é segura e curativa. Às vezes, é necessária radioterapia a fim de eliminar qualquer resíduo pós-cirúrgico de célula tumoral. Por outro lado, em idosos assintomáticos, tumores de tamanho reduzido podem permanecer intactos sem causar danos.
Já para tumores cancerosos, a abordagem pode envolver cirurgia, radioterapia e quimioterapia, buscando remover o máximo possível do tumor e controlar seu crescimento. Em casos agressivos, combina-se quimioterapia com radioterapia, apesar de a cura não ser frequente.
O tratamento de metástases varia conforme a origem do câncer, podendo envolver radioterapia, cirurgia ou quimioterapia. A radiocirurgia pode entrar em cena quando há impedimentos para a cirurgia tradicional.
A respeito de remédios, anticonvulsivantes podem ser prescritos em caso de ocorrência de convulsões. Por sua vez, para diminuir o inchaço ao redor do tumor cerebral, corticosteroides costumam ser administrados.
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