Vírus de Febre Oropouche
Diagnóstico laboratorial
O arbovírus Oropouche não é novo no Brasil. Ele foi identificado na década de 1960, e há registros frequentes de ocorrência de pessoas doentes na região da Amazônia, Peru e países do Caribe.
O Oropouche é transmitido pelo mosquito Culicoides paraensis, popularmente conhecido como borrachudo, maruim ou pólvora. O inseto tem dois milímetros de tamanho e também se reproduz em ambientes úmidos e com água parada, como o Aedes aegypti, sendo encontrado em todo o país.
Segundo o virologista de USP Luis Tadeu Moraes Figueiredo, mais de 500 mil casos de febre Oropouche foram registrados nas últimas décadas no Brasil.
Sintomas
Os principais sintomas da febre Oropouche são: febre, falta de apetite, bronquite, diarreia, sensação de queimação pelo corpo, dores de cabeça e atrás dos olhos, pescoço, nas costas e articulações e fotofobia; sintomas muito parecidos com os da dengue, Zika e Chikungunya. Alguns casos podem evoluir para meningite, porém o vírus não capaz de causar patologias congênitas como o Zika vírus.
Período de incubação.
O período de incubação é de cerca de 3 a 8 dias após a picada do mosquito, podendo em alguns casos chegar a 12 dias. Embora a sintomatologia dure aproximadamente uma semana, o tempo de recuperação é lento com sintomas podendo recorrer. Felizmente, não é uma doença fatal.
Diagnóstico laboratorial
Na fase inicial da infecção (viremia), o diagnóstico laboratorial é feito pela identificação do vírus diretamente no sangue pela técnica da PCR (reação em cadeia da polimerase). Após alguns dias, começam surgir os anticorpos das classes IgM e IgG, que vão reduzindo (neutralizando) a carga viral circulante. Nesta fase, o exame utilizado é a sorologia IgG e IgM para o vírus Oropouche. Informamos que estes exames de sangue já estão disponíveis em nossa rotina laboratorial.
*Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico.