Tire suas dúvidas sobre o que é a febre amarela. Veja formas de prevenção e cuidados para a recuperação
A febre amarela é uma doença séria que demanda cuidados específicos de prevenção e tratamento. Felizmente, existem meios de diagnóstico altamente eficazes e vacinação para quem mora ou visita áreas de risco.
Nesse guia completo sobre o que é febre amarela, vamos explicar:
- Sintomas da doença;
- Formas de transmissão;
- Exames de diagnóstico;
- Prevenção.
Com essas informações, você vai saber como proteger a si e sua família contra a doença. Boa leitura!
O que é a febre amarela
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda causada por um arbovírus (vírus transmitido por mosquitos) do gênero Flavivirus. A enfermidade recebe esse nome devido aos sintomas de febre alta e icterícia, coloração amarelada na pele e nos olhos, que ocorre frequentemente nos casos mais severos.
A doença possui gravidade variável, podendo ser confundida com um resfriado ou causando complicações que podem levar a óbito. Segundo o Ministério da Saúde, a letalidade entre as pessoas com a forma grave da doença está na faixa de 20% a 50%.
Em geral, a febre amarela possui um curso agudo de curta duração, em torno de 12 dias. Ou seja, são 12 dias entre a manifestação dos primeiros sintomas e a parte mais crítica da doença.
Após a fase de incubação (3 a 6 dias depois da picada do mosquito infectado), a pessoa pode ter sintomas como:
- Febre;
- Calafrios;
- Dores de cabeça intensas;
- Dores musculares;
- Náuseas;
- Vômitos.
Essas condições podem persistir por alguns dias até começarem a aliviar gradualmente. Na maioria dos casos, o paciente se recupera de todos os sintomas naturalmente. Entretanto, cerca de 15% dos contaminados evoluem para a forma grave da doença, que ocorre após uma aparente melhora do quadro inicial.
Nesse caso, os sintomas voltam a se intensificar e são acompanhados de complicações hemorrágicas, além de severo comprometimento dos rins e do fígado, de onde se origina a icterícia. O paciente também pode ter convulsões, delírios e manchas pelo corpo semelhantes a hematomas.
Consideram a fase tóxica como uma emergência médica que demanda cuidados intensivos. Dependendo do quadro, intervenções como transfusão de sangue e ventilação mecânica podem ser necessárias.
Transmissão da febre amarela
A forma mais comum de transmissão da febre amarela é a através da picada dos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes que estejam infectados com o vírus. Esses insetos vivem exclusivamente em área silvestre e hospedam o vírus picando pessoas ou macacos que estejam contaminados.
Os macacos são considerados hospedeiros naturais do vírus da febre amarela. Os animais também desenvolvem a doença e podem indicar precocemente que ela está presente em determinada região. Dessa forma, se há uma mortalidade do primata, as autoridades de saúde do local podem intensificar os cuidados para evitar o contágio entre os humanos.
Além disso, a febre amarela também pode ser transmitida no meio urbano, através da picada do mosquito Aedes aegypti, o mesmo responsável pela dengue, zika e chikungunya. No entanto, o último caso de contaminação registrado no Brasil por esse vetor ocorreu em 1942.
É importante ressaltar que não há nenhuma possibilidade da doença ser transmitida diretamente entre humanos e/ou macacos, somente pela picada de mosquito.
Diagnóstico da febre amarela
O primeiro passo para diagnosticar a febre amarela é por meio da avaliação médica. O profissional irá analisar os sintomas, se o paciente visitou ou reside em áreas endêmicas e se já foi vacinado contra a doença. No entanto, as manifestações clínicas e a anamnese não são suficientes para o médico fazer o diagnóstico definitivo, que depende da realização de exames de sangue.
Para o diagnóstico na fase inicial da doença, quando o vírus ainda está presente na corrente sanguínea, utiliza-se a reação em cadeia da polimerase (PCR), que fará a identificação direta do vírus. Este teste deve ser realizado em amostras colhidas no prazo de sete dias a partir do início dos sintomas.
Já nas fases mais avançadas, quando aparecem os anticorpos circulantes, ocorre o desaparecimento dos vírus. A partir daí, utilizam-se os testes sorológicos ELISA para identificação da presença de anticorpos IgG e IgM específicos contra o vírus.
Os anticorpos da classe IgM são os primeiros a surgir, sendo específicos da fase aguda da infecção. Diminuem com o passar do tempo, durando, em média, de 2 a 4 semanas. Já os da classe IgG, surgem alguns dias após os IgM e permanecem positivos, indicando uma exposição passada. Podem, também, indicar o status da imunização pós-vacinação.
Tratamento da febre amarela
Não existe um tratamento específico para combater a febre amarela. Como ocorre na maioria das doenças virais, o procedimento padrão para tratar a doença inclui:
- Hidratação;
- Repouso;
- Isolamento;
- Uso de medicamentos que aliviam sintomas e corrigem possíveis desequilíbrios metabólicos.
Nos casos graves da doença, pode ser necessária a internação em uma unidade de terapia intensiva (UTI). Esse cuidado é essencial para o monitoramento das funções vitais e dos órgãos comprometidos pelo vírus. Conforme a gravidade, o tratamento pode incluir diálise ou transfusões de sangue.
Da mesma forma que ocorre com a dengue, deve-se evitar o uso de medicamentos que contenham ácido acetilsalicílico (AAS/ Aspirina), pois aumentam o risco de hemorragia. Lembrando que a automedicação é uma prática totalmente desaconselhada pelos especialistas em saúde em todas as situações.
Prevenção da febre amarela
A prevenção contra a febre amarela inclui a vacina, a eliminação dos criadouros do mosquito e mecanismos de proteção contra a picada dos insetos. Veja abaixo as formas mais efetivas para você se proteger.
Proteção contra a picada de mosquitos
Ao viajar em regiões endêmicas, é muito importante tomar medidas para evitar a picada de mosquitos. Isso é importante não apenas para se prevenir da febre amarela, mas para se defender da malária e de outras doenças transmitidas por esses insetos.
Os cuidados nesse sentido incluem o uso de roupas que cubram todo o corpo, além de utilizar repelentes e tela mosqueteira na habitação. A atenção precisa ser redobrada ao amanhecer e ao anoitecer, quando os mosquitos estão mais ativos.
A maior frequência de casos humanos de febre amarela no Brasil ocorre entre os meses de dezembro e maio. Isso acontece devido às temperaturas mais elevadas e ao maior volume de chuva nas regiões endêmicas, fatores que favorecem a proliferação dos mosquitos transmissores.
Eliminação dos criadouros de mosquitos
Embora não haja mais casos de febre amarela urbana registrados no Brasil, a proliferação do Aedes aegypti aumenta o risco da doença retornar. Dessa forma, é fundamental combater os criadouros do mosquito, que se reproduzem em ambientes de água parada, como pneus velhos, vasos de plantas, garrafas, calhas e outros recipientes.
Vacinação
As medidas citadas anteriormente são importantes, mas a melhor maneira de se prevenir é tomando a vacina da febre amarela.
A imunização é recomendada para:
- Bebês a partir de 9 meses de idade;
- Crianças;
- Adolescentes e adultos que vivem, ou irão viajar, em áreas de risco;
- Turistas que visitam países que exigem o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP).
Para se vacinar, procure um laboratório do Labclass. Oferecemos vacinação contra febre amarela em diversas unidades, em Belo Horizonte (MG), com atendimento premium e instalações cuidadosamente planejadas para o conforto de nossos clientes.
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