Conheça os sintomas da coqueluche, e por que a vacina é a principal forma de prevenção da doença
Por ser uma doença infecciosa e altamente transmissível, a coqueluche é preocupante, uma vez que pode, rapidamente, se espalhar e contaminar muita gente. No Brasil, o número de casos tem aumentado significativamente nos últimos anos. Agora, em 2024, já foram contabilizadas 517 pessoas contaminadas.
Só no Rio de Janeiro houve um aumento de mais de 300% de casos, comparados ao mesmo período de 2023. No Paraná, foi confirmada neste ano a morte de um bebê de 6 meses — o primeiro óbito causado pela coqueluche no Brasil em três anos.
Porém, embora os números sejam alarmantes, a forma de frear a ação da bactéria é muito simples: apenas com a vacinação. Quer saber mais sobre o assunto? Então, continue conosco e entenda:
- O que é coqueluche.
- A importância da vacinação no combate à doença.
- Sintomas.
- Diagnóstico.
- Tratamento.
- Formas de prevenção.
O que é coqueluche
A coqueluche é uma infecção respiratória, altamente transmissível, causada pela bactéria Bordetella pertussis. A sua principal característica são as crises de tosse, e sua ação pode atingir não só a garganta, como também a traqueia e os brônquios. Embora a condição afete especialmente bebês e crianças pequenas, a doença pode acometer pessoas de qualquer idade.
Importância da vacinação no combate da coqueluche
Para evitar que a bactéria causadora da coqueluche se espalhe rapidamente, a medida mais eficaz é a vacinação. Por isso, manter o calendário vacinal em dia é fundamental para se proteger e proteger toda a população. De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina da coqueluche faz parte do calendário vacinal infantil e é aplicada em três doses durante os primeiros anos de vida da criança (com reforço aos 15 meses e aos 4 anos de idade).
A vacinação de reforço é recomendada também para adolescentes e adultos, principalmente aqueles que convivem com bebês, já que a imunidade conferida pela vacinação diminui com o tempo.
Sintomas da coqueluche
Ainda com base nas informações disponibilizadas pelo Ministério da Saúde, a coqueluche evolui em três estados suscetíveis, apresentando sintomas diferentes em cada uma delas. Veja quais são:
1. Fase inicial (catarral)
Nessa fase, ocorrem sintomas muito parecidos com um resfriado comum, como febre baixa, mal-estar em geral, tosse e coriza. Aos poucos, a tosse vai ficando mais intensa e mais frequente, evoluindo para crises.
2. Fase de tosse intensa (paroxística)
Já nessa fase, o paciente apresenta um quadro sem febre ou com febre baixa — podendo ocorrer, em alguns momentos, picos de febre no decorrer dos dias. Ao mesmo tempo, a tosse vai ficando mais forte e incontrolável, com crises súbitas, que podem causar vômitos.
Além disso, a pessoa pode vir a sentir dificuldade de respirar, ter congestão facial/cianose (apresentar rosto vermelho ou azulado) e fazer um som agudo ao inspirar (o “guincho”).
3. Fase de recuperação (convalescência)
Nessa última fase, o paciente aponta uma melhora do quadro. A tosse começa a diminuir a frequência e intensidade — embora possa durar ainda por duas ou seis semanas ou até três meses. Caso a pessoa seja contaminada por outras infecções respiratórias durante essa fase, ela pode apresentar ainda uma tosse intensa temporariamente.
Diferença da coqueluche, gripe e COVID-19
Apesar de a coqueluche, a gripe e a COVID-19 serem todas infecções respiratórias, essas doenças possuem diferenças significativas entre elas, como:
Gripe
A gripe é causada pelo vírus da família Influenza. Ela se manifesta, geralmente, através da febre alta, de dores no corpo, tosse e fadiga. A vacinação anual é recomendada devido às constantes mutações do vírus.
COVID-19
A COVID-19 é causada pelo vírus SARS-CoV-2. A pessoa infectada pode variar de um quadro assintomático a sintomas graves. Em geral, são sintomas da doença:
- Febre.
- Tosse.
- Dor de garganta.
- Dificuldade de respirar.
- Fadiga.
- Cansaço.
A forma de prevenção inclui vacinação, uso de máscaras e distanciamento social.
Complicações associadas à coqueluche
Segundo o Ministério da Saúde, a maioria das pessoas consegue se recuperar da coqueluche sem sequelas ou grandes complicações. Porém, vale lembrar que os bebês menores de 6 meses estão propensos a apresentar sintomas mais graves da doença e, por isso, precisam de cuidado ainda maior. Veja abaixo quais são as complicações associadas à coqueluche:
- Pneumonia.
- Convulsões.
- Desidratação.
- Perda de peso.
- Hemorragias.
- Lesão cerebral.
- Parada respiratória.
- Infecções de ouvido.
- Morte.
Diagnóstico
O diagnóstico da coqueluche na sua fase inicial pode ser mais difícil, já que os sintomas se assemelham muito aos de um resfriado comum ou de outras doenças respiratórias. O indício maior é a tosse, mas, para o médico confirmar o diagnóstico, é preciso que o paciente realize alguns exames, como:
- Coleta de material de nasofaringe.
- PCR em tempo real.
- Hemograma.
- Raio-x de tórax.
Tratamento
O tratamento da coqueluche inclui o uso de antibióticos, que costumam ser mais eficazes nas fases iniciais da doença. Além disso, recomendam-se descanso e ingestão de boa quantidade de água para se manter hidratado. Em casos mais graves, principalmente bebês, pode ser necessária a hospitalização do paciente para que este seja monitorado e receba suporte respiratório.
Formas de prevenção
A principal forma de prevenção é a vacinação. Por isso, o recomendado é que crianças de até 6 anos, 11 meses e 29 dias estejam vacinadas contra a coqueluche. Somado a isso, é importante que as mulheres grávidas, a partir da 20ª semana de gestação, tomem a dTpa, para proteger o bebê nos primeiros 3 meses de vida
Somado a isso, é indicado que adolescentes e adultos – especialmente os que estão em contato com bebês, como pais, gestantes e profissionais de saúde que atuam em maternidades e unidades de internação neonatal – tomem o reforço da vacina.
É importante ressaltar também outras formas de prevenção, que incluem:
Higienização das mãos
Lavar as mãos adequadamente contribui para prevenir a disseminação de vírus e bactérias.
Cobrir a boca ao tossir ou espirrar
O cuidado de cobrir a boca ao tossir ou espirrar — seja com o antebraço ou um lenço — colabora para a redução da propagação de gotículas infecciosas.
Manter distanciamento social
Ao apresentar sintomas respiratórios, o mais indicado é evitar o contato próximo com as pessoas. Isso ajuda a reduzir o risco de contaminação da coqueluche e de outras doenças infecciosas.
Agora que você já sabe como essa doença funciona, os seus sintomas, complicações e formas de prevenção, não deixe de se cuidar. A vacinação é fundamental para manter a sua saúde e a da população protegidas, principalmente se você for gestante, para proteger o seu bebê. E, para isso, conte com a gente para o seu cuidado com excelência: tome a sua vacina contra a coqueluche no Labclass, oferecemos o nosso melhor em cuidado e tecnologia para você e toda a família.
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